Sarah (tradução)

Original


Serge Reggiani

Compositor: Georges Moustaki

Se vós a encontrardes estranhamente vestida
Arrastando, no regato, um salto danificado
E, com a cabeça e os olhos baixos, como um pombo ferido
Senhor, não cuspais insultos nem lixo
No rosto pintado daquela pobre impura
Que deusa Fome, numa noite de inverno
Obrigou a levantar as saias ao ar livre
Aquela boêmia é meu bem, minha riqueza
Minha pérola, minha joia, minha rainha, minha duquesa

A mulher que está no meu leito
Já não tem vinte anos há muito tempo
Os olhos cheios de olheiras
Pelos anos
Pelos amores
No dia a dia
A boca gasta
Pelos beijos
Frequentemente demais, mas
Por demais mal dados
A tez macilenta
Apesar do blush
Mais pálida que uma
Mancha da Lua

A mulher que está no meu leito
Já não tem vinte anos há muito tempo
Os seios tão pesados
Por amor em demasia
Não têm
O nome de atrativos
O corpo cansado
Acariciado por demais
Frequentemente demais, mas
Por demais mal amado
As costas arqueadas
Parecem sustentar
Lembranças
Das quais teve que fugir

A mulher que está no meu leito
Já não tem vinte anos há muito tempo
Não riais
Não toqueis nela
Poupai vossas lágrimas
E vosso sarcasmo
Quando a noite
Nos reúne
Seu corpo, suas mãos
Se dão aos meus
E é seu coração
Coberto de prantos
E de feridas
Que me reconforta

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